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Realmente a gente muda por amor?!
- Por que quer ser representante farmacêutico?
- Por que será? Porque é o único trabalho nos EUA que paga $100.000 ao ano.
- Essas pessoas entram em nossos consultórios com mochilas e amostras como vendedores ambulantes.
- São vendedores ambulantes que vendem produtos que rendem $37 bilhões ao ano.
- Eles transformaram as decisões médicas em impulsos de compras.
- Não estou te roubando pacientes. Pacientes verão os anúncios na TV e pedirão aos médicos para receitarem aquelas marcas e você é quem as fornecerá.
Amor e Outras Drogas começa de um jeito, com uma proposta, e termina de outro. Começa um filme diferente, com uma história de amor igualmente diferente mas termina estilo comédia romântica. Não que não seja bom. É. Mas podia ser melhor.
Estamos nos anos 90, Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um representante da indústria de medicamentos e vive o boom do Viagra. Por um momento, achamos que a produção vai se aprofundar no tema, vai mostrar mais da relação promíscua entre representantes e médicos. Na hora do filme tomar essa decisão, surge Maggie Murdock (Anne Hathaway).
- Quer proximidade, certo? Quer transar.
- Agora?
- Certo, devo agir como se não soubesse se isso é certo, então me diz que não existe certo ou errado. É só momento. E então te digo que não posso. Quer dizer, finjo que não posso. O que não é preciso porque não está mesmo ouvindo. Porque isso não tem nada a ver com conexão para você e nem mesmo com sexo, são só uma ou duas horas pra aliviar o sofrimento de ser você mesmo. O que está bom pra mim porque eu quero exatamente a mesma coisa.
Maggie é descolada, independente, não quer compromisso, curte sexo casual e tudo mais que um cara como Jamie pode querer. Além disso, ela tem Mal de Parkinson. Um pequeno detalhe que faz toda a diferença. O rapaz se encanta com a moça e ela começa a achar que a companhia dele é uma caridade. É aí que o filme vira uma comédia romântica dessas que nós, meninas, adoramos!
Na verdade, a fragilidade de Maggie induz Jamie a mudar conceitos e prioridades. O jeito dela mexe com ele e o faz rever até mesmo os seus valores. Nesse ponto chegamos a uma situação complexa no filme. É realmente possível ser totalmente mudado por amor? Até acho que é possível, mas se eu fosse alguém incrédula não conseguiria me convencer. As situações do casal não são aprofundadas, sequer ficamos sabendo das consequências dos atos de ambos. Um filme que começa de um jeito e termina de outro, invariavelmente, vai pecar por falta de aprofundamento. Independente disso, a química entre Anne e Jake é sensacional. Segundo filme em que formam um casal (o primeiro, O Segredo de Brokeback Mountain) e é muito bacana ver os dois. Sensação enorme de que estão curtindo muito. E, com isso, a gente também curte!
“Eu me preocupava bastante com o queria ser quando crescesse. Quanto ganharia ou se me tornaria alguém importante. Às vezes as coisas que você mais quer, não acontecem. E às vezes, as coisas que jamais esperaria acontecem. Não sei...Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam. E então encontra uma pessoa e sua vida muda. Para sempre.”
Mas, então, é possível mesmo mudar da água para o vinho quando o amor chega? Existe um sentimento superior capaz de fazer isso com a gente? Eu mudei por momentos. Acho que a gente muda mais quando estamos na iminência de perder o amor já encontrado. Acontece que a mudança nunca é tão profunda. Tão sensacional. Ou então eu nunca amei assim. Não acredito nesta opção, até porque eu sei que já amei e amo (muito). E não mudei nada (mas que pena, não?). Ainda assim, não acredito nessa coisa de mudar por alguém. Dar esse poder e essa responsabilidade para uma outra pessoa é até covardia. Sou do tempo em que o amor nos fazia melhores mantendo nosso jeito, e não de um jeito diferente.
Comentários (1)

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[SPOILER] É um filme muito tocante pelo desenrolar da trama. É um filme que começa com o comedor testosterônico, pega até a mulher do chefe, e é despedido. Depois passa para a fase 'reflexiva' onde ele se vê ao lado do seu irmão bem-sucedido casado há anos. Arruma um novo emprego onde tem que colocar certos medicamentos no mercado, come mais algumas para abrir caminho para seu novo empreendimento. Conhece a encantadora Anne Hathaway, que entra imediatamente em seu raio pegador e como é bom de lábia come também. Só que aí ele cai no seu próprio veneno, pois ela tb só quer sexo casual para esquecer pelo menos por um instante de sua doença, é como uma válvula de escape, um momento de prazer onde ela esquece dos seus problemas. O galã das 9 acaba apaixonando por ela, algo que é a 1ª vez que acontece isso com ele, e ela acha que isso é "caridade, dó, pena" pela doença que ela possui e não consegue acreditar que o maior comedor dos tempos modernos tende a se apaixonar por ela. No meio desse percurso há tramas secundárias muito boas, como o médico que não vê sentido em sua vida, seu irmão que acaba o relacionamento e fica completamente perdido e o pouco comentado morador de rua que pega as amostras descartadas pelo "sex machine" e que tem sua vida transformada pelos medicamentos onde provavelmente ele consegue se livrar da depressão.
O final que poderia ter caminhado por uma outra vertente onde ele a deixa. Sim, depois de estarem na palestra e ele perguntar ao homem que tem uma mulher com quadro mais avançado da doença e ele fala que não faria o que fez de novo, seria um grande final onde daria uma reflexão intrigante: até onde vai o amor? por pena, dó, ou por gostar realmente da pessoa? Caso ele tivesse desistido de sua amada pelo seu quadro nada favorável ele ia merecer críticas ou ia manter seu ego inflado já o q ele faz de melhor é comer as novinhas? Seria um final bastante interessante.
O que n gostei tanto foi do teor erótico acentuado, filme que causa constrangimento dependendo de quem assistir com vc.
Perdão pelos spoilers, foi o modo de tentar explicar meu ponto de vista sobre esse filme que merece 4,7 muito bem dados.
O final que poderia ter caminhado por uma outra vertente onde ele a deixa. Sim, depois de estarem na palestra e ele perguntar ao homem que tem uma mulher com quadro mais avançado da doença e ele fala que não faria o que fez de novo, seria um grande final onde daria uma reflexão intrigante: até onde vai o amor? por pena, dó, ou por gostar realmente da pessoa? Caso ele tivesse desistido de sua amada pelo seu quadro nada favorável ele ia merecer críticas ou ia manter seu ego inflado já o q ele faz de melhor é comer as novinhas? Seria um final bastante interessante.
O que n gostei tanto foi do teor erótico acentuado, filme que causa constrangimento dependendo de quem assistir com vc.
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Comments by IntenseDebate
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| filme 23 | AMOR E OUTRAS DROGAS
2011-07-10T18:58:00-07:00
Unknown
Amor|Anne Hathaway|Comédia Romântica|Jake Gyllenhaal|