Tweetar
| filme 24 | E.T. O EXTRATERRESTRE
Qual o épico da sua infância?
Como reconhecer um clássico? Basta cantarolar uma música. Então vejamos: “Tamm nããã..nã nã nã nã nammm...” Quem não reconhce? E se eu falar em bicicletas voadoras? Ou “Telefone”, “Casa”. É preciso uma penca de diálogos (e olha que sou louca por eles), ou a magia do cinema acontece simplesmente com o conjunto perfeito: imagens, empatia, sonoridade, bom roteiro?
E.T tem tudo isso e muito mais. O garoto Elliot é um menino instrospectivo que sofre a separação dos pais. Tem um irmão mais velho e uma irmã caçula (a então estreiante Drew Barrymore, o mínimo que podemos dizer é que dá vontade de engolir, de tão fofa!). Por um acaso da vida, o E.T. vai parar na casa do garoto. Do estranhamento inicial até uma amizade profunda, que mostra como o amor fraternal supera qualquer barreira. Cenas épicas em que o menino e o alien trocam experiências e ensinamentos. Um ser evoluído que encontra em uma criança o representande do que há de melhor em nosso planeta. Spierlberg é um gênio.
![]() |
Drew Barrymore encontra o E.T. e berra muito! Cena clássica! |
Um traço característico do diretor é o apreço que ele tem por trilhas sonoras. John Williams é especialista em acordes famosos. Além do “tam nããã...”, ele fez também Tubarão, Indiana Jones, Império do Sol. O cara foi indicado para 45 Oscars. Ganhou 5. Outro gênio. Parte da imortalidade das obras de Spielberg se deve, também, ao maestro.
O menino Elliot junta uma força-tarefa para conseguir fazer com que o E.T. volte para casa. Em que pese seu desejo pessoal para que o amigo fique com ele, Elliot entende que para ser feliz o novo amigo precisa voltar para sua casa. Uma aula de compreensão. E o que é mais difícil: sem ser piegas. O garoto chega a pedir “Fica”, mas logo entende que é um pedido inútil. Mesmo assim ele sabe que o amigo o ama.
![]() |
Bicicletas Voadoras! Quem nunca quis ter uma?! |
Como vocês sabem, eu fui uma criança muito feliz! Meu clássico de infância é um E.T. da vida. Sinto muitissimo pelos pequenos de hoje em dia. Óbvio que eles podem curtir a nossa magia (nós emprestamos o E.T.), mas seria bacana um novo filmão como esse para formar uma geração mais pura, no meio de "conectados" tãos desconectados de sentimento. Quando tento comparar crianças e adolescentes de agora com o que eu era antigamente fico perplexa. Onde foi parar a ingenuidade positiva dos jovens de outrora? Onde está o Spielberg para ajudar a educar uma geração, com uma história de amor fraternal, compreensão e entendimento como essa? E olha que estamos falando de um filme comercial. Imagine o Steven Spielberg fazendo arte (risos)? E.T. para sempre!