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| filme 121 | MISSÃO IMPOSSÍVEL - NAÇÃO SECRETA


IMPOSSÍVEL NÃO GOSTAR!



Quando vimos o terceiro filme da franquia Missão Impossível a sensação era de estagnação. Talvez fosse a hora de parar ali. Mas, veio o quarto, Protocolo Fantasma, que apresentou uma nova equipe da agência ultra-secreta IMF e serviu como um novo piloto. O projeto deu certo, o filme vingou e o terreno para novas aventuras do agente Ethan Hunt estava mais que pronto para frutificar.

Em Missão Impossível – Nação Secreta a IMF está sob forte suspeita, assim como seu principal expoente. O secretário da CIA acredita que Hunt usa a agencia para conseguir justificar seus crimes, e que a melhor solução para todos é decretar o fim das missões impossíveis. Acontece que no meio disso tudo, Ethan está prestes a provar a existência de uma organização sem pátria que existe com a simples finalidade de fazer terrorismo travestido de catástrofe para gerar menos suspeita. O ponto de início da trama acontece quando os caminhos de mocinho e vilão se cruzam numa loja de discos.



A sinopse simples, talvez propositalmente, não apresenta os detalhes que fazem o quinto filme da série valerem realmente a pena. O primeiro deles é a presença de Tom Cruise. Sim. Existem humanos, que envelhecem e ficam estranhos. E existe Tom Cruise. Que é de outro planeta. Em plena forma aos 53 anos o astro continua obcecado por fazer as cenas de ação dos seus personagens, o que empresta uma noção de realidade muito necessária em filmes com sequências tão coreografadas como nesse Missão Impossível. Ethan Hunt e Tom Cruise são a mesma pessoa, e isso é muito bom.  O segundo detalhe atende pelo nome de Rebecca Ferguson. A parceira de Tom em cena não é só mais um rostinho bonito. É um vulcão de socos e pontapés, facas e chaves de perna que protagoniza as melhores cenas de luta. Há ainda o tom acertado de humor, representado na pele do ótimo Simon Pegg, que já havia roubado a cena no filme anterior.



Dos detalhes interpretativos esses saltam aos olhos. Porém, uma feliz decisão trouxe um detalhe técnico novo aos filmes da franquia. A opção por sequências de ação inverossímeis ao extremo foi abandonada e deu lugar a ótimas sequências integradas, onde o grande forte da produção aparece: a edição de som. Do fundo operístico ao silêncio sepulcral, é o excesso de som ou a completa falta dele o que move todo o ritmo das mais de duas horas de projeção. Certamente estará nas indicações do quesito no Oscar. E a recomendação é assistir ao filme em locais que explorem ao máximo os efeitos sonoros.

De resto, estamos diante de mais um belo pipocão de final de semana. Diversão garantida, duas horas e doze minutos de descanso para o cérebro, muito melhor que uma sessão de psicanálise. E com o Tom e a Rebecca de brinde.
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Renata Jamús
É uma apaixonada por cinema. Foi mestre em "discursos do Oscar" na infância. Teve três ou quatro muito bons, que eram constantemente lidos para os pais babões de plantão. Os mitos hollywodianos eram como amigos da rua. Habitavam sua casa, desde sempre. | COLEÇÃO DE FILMES | FACEBOOK | TWITTER