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| filme 8 | RIO

Se você fosse um passarinho gringo, gostaria de ter essa vista?


Um encontro definitivo da cidade mais bonita do Mundo com o melhor da animação digital do país do cinema. Carlos Saldanha sentia uma dívida com a sua cidade. E pagou muito bem com essa linda animação que conta a história de duas araras azuis, as últimas da espécie. Clichês à parte, Rio é um show visual. Conta com uma abertura arrebatadora e, além de tudo, conta com personagens cativantes.

A gente sempre tem problema quando vemos um filme sobre nossa cidade e logo colocam nele samba, mulata e carnaval. E olha que esses ingredientes batidos estão todos presentes, mas não é que, ao invés de enfado olhamos para isso com uma pontinha de orgulho? Até porque o samba, a mulata e o carnaval não são a razão de ser do filme. Fazem apenas parte do contexto. Aí sim. Desse jeito vale! (Saldanha foi acusado de algumas imprecisões históricas e geográficas. Mas, gente, é ficção. Vamos parar com a mania de criticar tudo!)

- Onde está a Jade?
- Em um lugar especial. Ela é uma ave muito espirituosa.
- Eu que o diga!
- Foi ela que fez isso??? Tá! Que charmosa! Quero ir para casa agora!
- Blu, não se preocupe! Vou fazer com que você fique irresistível!

Por trás dos cenários deslumbrantes e dos ingredientes batidos, o filme fala da velha luta do bem contra o mal. De superar obstáculos, vencer medos e buscar a felicidade. O herói é uma arara que não sabe voar e tem uma pretendente que não o suporta, tampouco admira. Quantos de nós já não vivemos relações assim, não é? Pobre, arara!


“Isso é incrível! É a coisa mais bonita que já vi!”




Blu cresceu fora do Brasil. Fora do Rio. Ao primeiro contato com a cidade essa é a primeira constatação dele. Sempre fui contra essa cultura depreciativa que tudo vê de errado em nosso país. Como Blu é um quase estrangeiro, o primeiro impacto que ele tem é o mesmo dos nosso gringos ao pisarem em solo nacional, mais precisamente, em solo carioca. Encantamento. Paixão. Deslumbramento. Meus parentes argentinos são enlouquecidos com o Rio. De verdade! Tenho um tio, por exemplo, que precisa passar pelo Aterro do Flamengo toda vez que está aqui. Ele ama. E nós, na verdade, nem ligamos muito.

A primeira vez que vi o filme, no cinema, foi em 3D. Saímos da sessão estupefatos com a qualidade visual. Tal qual com Wall.E, fui logo avisando que eu iria querer alguma miniatura dos passarinhos de presente, já que o mesmo presenteador de outrora foi meu companheiro de sessão! 




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Renata Jamús
É uma apaixonada por cinema. Foi mestre em "discursos do Oscar" na infância. Teve três ou quatro muito bons, que eram constantemente lidos para os pais babões de plantão. Os mitos hollywodianos eram como amigos da rua. Habitavam sua casa, desde sempre. | COLEÇÃO DE FILMES | FACEBOOK | TWITTER