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| filme 54 | FORREST GUMP - O CONTADOR DE HISTÓRIAS


Seria legal se a vida fosse mesmo como uma caixa de chocolates!
  
- Quer se casar comigo? Eu seria um bom marido, Jenny.
- Claro que seria, Forrest. Mas você não vai se casar comigo. Melhor não querer se casar comigo.
- Por que você não me ama? Eu não sou inteligente, mas sei o que é o amor.

Forrest Gump é um garoto do Alabama que tem um QI abaixo da média. Criado pela mãe, com diversas frases de efeito, ele se torna um adutlo sensível, ingênuo e com uma incrível propensão para estar nos lugares certos na hora certa. Ele vira um ídolo americano ao salvar um pelotão na Guerra do Vietnã e realizar inúmeras façanhas no esporte, entre outras proezas. Nos 40 anos de hsitória que ocorrem na tela, acompanhamos as idas e vindas de Forrest em momentos cruciais da história mundial.

“Mamãe sempre dizia que a gente deve pôr o passado para trás antes de continuar em frente. Acho que foi por isso que corri tanto. Eu corri por 3 anos 2 meses, 14 dias e 16 horas."

Gump é um bobo abençoado. Um belo dia, na pensão da sua mãe ele ensina alguns passos de dança a um hóspede chamado Elvis; presencia a invasão do edifício Watergate, fato que provocou a renúncia do presidente Nixon em 1972; representa os EUA em competições esportivas no auge da Guerra Fria; faz fortuna com barcos de pesca na época em que o setor está “quebrado” e, ainda por cima, investe em uma empresa que tem como logomarca uma maçã.

O bom-mocismo do personagem que contrasta com sua falta de inteligência é um retrato que o diretor Robert Zemeckis quis fazer de uma grande parcela da população americana. Forrest traduz a figura do americano simples, sem grandes aspirações. A produção venceu 6 prêmios do Oscar de 1995, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor ator para Tom Hanks. É um épico moderno que utiliza os efeitos especiais para o bem da história, para tornar ela possível.

“Eu não sei se mamãe está certa, ou se o Tenente Dan é que está. Não sei se cada um tem um destino ou se só flutuamos sem rumo, como numa brisa...mas acho que talvez sejam ambas as coisas. Talvez as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo.”

A forma como Forrest enxerga a vida e se resigna com os acontecimentos que giram em torno dele nos faz pensar para que serve um QI alto. O que é melhor? Ter alguem leal, gentil e sincero por perto ou ter um gênio cheio de “não me toques”? A simplicidade de Forrest é alentadora num Mundo onde o que importa, cada vez mais, é a capacidade intelectual de um indivíduo. Filmes como esse nos fazem perceber que somos muitos mais do que neurônios. Somos feitos de outras coisas que não só o cérebro. As vezes é muito bom só sentir e viver.
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Renata Jamús
É uma apaixonada por cinema. Foi mestre em "discursos do Oscar" na infância. Teve três ou quatro muito bons, que eram constantemente lidos para os pais babões de plantão. Os mitos hollywodianos eram como amigos da rua. Habitavam sua casa, desde sempre. | COLEÇÃO DE FILMES | FACEBOOK | TWITTER